O volume de mensagens e comunicações digitais cresce a cada ano, e junto com ele aumenta o risco de spam. Para empresas que utilizam SMS, WhatsApp, voz e RCS, entender o que é spam e como ele funciona é essencial para proteger a reputação da marca, garantir entregabilidade e manter a confiança do cliente.
O spam não prejudica apenas quem recebe as mensagens, ele também impacta a experiência do cliente, tornando a jornada de compra menos confiável e eficiente. Por isso, compreender os riscos e aprender a evitá-lo é fundamental para qualquer estratégia de comunicação.
Neste artigo, você vai aprender o que caracteriza spam, como ele se manifesta em diferentes canais, quais são os perigos para usuários e empresas, e como adotar boas práticas para manter suas comunicações seguras e eficazes.
Índice
O que é spam?
O spam aparece quando uma mensagem se torna indesejada, excessiva ou enganosa. Alguns sinais comuns são:
- Mensagens não solicitadas: contatos recebem conteúdos que nunca autorizaram.
- Volume excessivo: envios repetitivos que incomodam o destinatário.
- Conteúdo irrelevante ou enganoso: informações que não agregam valor ou tentam enganar o usuário.
Esses fatores não só irritam o público, como também aumentam o risco de bloqueios e denúncias.
Tipos mais comuns de spam
O spam pode aparecer em diversos canais de comunicação digital:
- Spam por e-mail: mensagens comerciais enviadas sem consentimento ou com excesso de frequência.
- Spam em WhatsApp: envios repetidos ou mensagens idênticas para grandes listas sem permissão.
- Spam por SMS: mensagens não autorizadas, muitas vezes com links encurtados ou golpes.
- Chamadas/voz com spam: robocalls ou ligações insistentes que buscam dados ou promovem golpes.
- Spam em novos canais (como RCS): envio não autorizado de conteúdos interativos, mídia ou botões que podem ser bloqueados por regras da plataforma.
Cada tipo de spam exige atenção específica, pois pode impactar tanto o usuário quanto a reputação da empresa que envia a mensagem.
Qual é o perigo do spam?
O spam não é “só um incômodo”, ele representa riscos reais tanto para usuários quanto para empresas. Desde golpes que exploram vulnerabilidades individuais até bloqueios que comprometem a operação de marcas. E entender esses perigos é essencial para evitar danos maiores.
Riscos para usuários
O impacto do spam no dia a dia das pessoas vai muito além de mensagens cansativas. Entre os principais riscos estão:
- Golpes: links falsos ou mensagens enganosas que tentam capturar dados ou pagamentos.
- Phishing: tentativas de se passar por empresas legítimas para obter informações sensíveis.
- Vazamento de dados: uso indevido de informações pessoais coletadas sem consentimento.
- Exposição a conteúdos maliciosos: arquivos, anexos ou sites que instalam malwares no dispositivo.
Riscos para empresas
Para empresas, o spam pode se transformar em um problema operacional e estratégico, afetando desde a reputação até a capacidade de comunicação. Alguns riscos incluem:
- Bloqueio de números e remetentes: operadoras e plataformas podem suspender o envio.
- Perda de reputação: clientes deixam de confiar na marca e no canal utilizado.
- Queda na taxa de entrega: mensagens passam a ser filtradas ou não chegam ao destino.
- Reclamações em massa: denúncias podem gerar restrições ou penalidades.
- Impacto direto na jornada do cliente: pontos de contato são prejudicados, atrapalhando conversão, suporte e retenção.
É perigoso atender uma chamada spam?
Sim, atender uma chamada spam pode representar riscos, especialmente quando envolve práticas fraudulentas que tentam validar o número da vítima ou manipular o usuário durante a conversa. Por isso, entender como essas chamadas funcionam é essencial para se proteger.
Como funcionam chamadas fraudulentas
Golpistas utilizam diferentes formatos de chamadas para capturar informações, pressionar emocionalmente ou testar a atividade do número:
- Robocalls: ligações automáticas com voz sintética, geralmente para validar números e iniciar golpes.
- Chamada silenciosa: a ligação cai ou fica muda; serve apenas para verificar se alguém atende.
- Engenharia social por telefone: o golpista finge ser banco, empresa ou suporte técnico para obter dados.
O que pode acontecer ao atender
Atender uma chamada suspeita pode parecer inofensivo, mas abre brechas como:
- Confirmação de que o número é ativo: o que incentiva novos ataques e tentativas.
- Tentativa de golpe: pedidos de códigos, transferências ou informações confidenciais.
- Tentativas de coleta de dados: CPF, endereço, senhas ou dados bancários.
- Redirecionamento para cobranças indevidas: especialmente em chamadas internacionais fraudulentas.
Como identificar chamadas suspeitas
Alguns sinais ajudam a identificar quando a ligação não é confiável:
- Números desconhecidos, insistentes ou de DDDs incomuns.
- Voz sintética ou respostas automáticas.
- Solicitação de dados pessoais, senhas ou códigos de verificação.
O que é spam no WhatsApp?
O WhatsApp é um dos canais mais usados pelas empresas, e também um dos mais sensíveis quando o assunto é spam. A plataforma monitora continuamente o comportamento de envio e aplica regras rígidas para proteger os usuários. Por isso, entender o que é classificado como spam no app é essencial para manter o número ativo e a reputação da empresa em dia.
Como o WhatsApp classifica comportamento suspeito
A plataforma considera algumas ações como sinais de alerta:
- Envio repetido a contatos sem permissão: especialmente quando o público não interagiu ou não conhece a empresa.
- Mensagens idênticas enviadas para listas grandes: típico de envios em massa fora das APIs oficiais.
- Reclamações de usuários: denúncias, bloqueios e respostas negativas aceleram a classificação como spam.
Esses sinais, quando combinados, reduzem o “score de qualidade” do número e podem levar a restrições e bloqueios.
Exemplos de situações que se tornam spam rapidamente
Mesmo sem intenção de prejudicar, algumas práticas caem no radar da Meta e viram spam com facilidade:
- Promoções enviadas para listas compradas ou contatos não opt-in.
- Cobranças enviadas sem consentimento ou contexto.
- Vendas insistentes que pressionam o cliente.
- Correntes, links duvidosos ou conteúdos que parecem pouco confiáveis.
Consequências
Quando o WhatsApp identifica comportamento irregular, algumas medidas podem ser aplicadas:
- Bloqueio do número: temporário ou permanente, dependendo da gravidade.
- Limite de envio: redução da categoria de qualidade e da capacidade de mensagens.
- Suspensão temporária/permanente: nos casos em que o padrão de spam se repete.
O que é spam em SMS, RCS e chamadas de voz
Além do WhatsApp, outros canais também estão sujeitos a regras específicas para evitar spam, especialmente SMS, RCS e Voz. Cada um tem mecanismos próprios de controle e filtros das operadoras, que podem bloquear mensagens e chamadas quando detectam práticas irregulares.
Spam em SMS
O SMS é um dos canais mais tradicionais e, por isso, também um dos mais monitorados pelas operadoras. Os principais sinais de spam incluem:
- Mensagens não autorizadas: envios sem opt-in ou sem relação com o usuário.
- Curtas, mas perigosas: especialmente aquelas que usam links encurtados, comuns em golpes de phishing.
- Filtros rígidos das operadoras: qualquer padrão suspeito ativa bloqueios automáticos.
Spam em RCS
Como o RCS oferece mais recursos (imagens, botões, carrosséis), as regras de segurança se tornam ainda mais relevantes:
- Envio não autorizado pode causar bloqueio pelo Google, que é responsável pela validação do canal.
- Regras mais rígidas: mensagens multimídia exigem ainda mais cuidado, já que podem ser usadas para golpes sofisticados.
Chamadas de voz e robocalls
No canal de Voz, o spam costuma ser associado a fraudes e ligações abusivas. Os principais sinais são:
- Identificador “suspeito de spam”: aplicado pelas operadoras quando o número tem muitas denúncias.
- Políticas das operadoras: chamadas repetidas ou originadas de listas não autorizadas podem ser bloqueadas.
- Perigo de golpes por voz: engenharia social, tentativas de validação do número ou cobranças indevidas.
⇒ Veja nosso artigo sobre como estar em conformidade com a LGPD nos disparos de voz.
Como evitar que sua empresa seja classificada como spam
A base para não ser marcado como spam é simples: respeito ao usuário e boas práticas de envio. Quando a comunicação segue regras claras, a empresa mantém sua reputação, evita bloqueios e garante taxas melhores de entrega, independentemente do canal.
Entre os cuidados essenciais, estão:
- Obter consentimento claro (opt-in): envie mensagens apenas para quem realmente autorizou o contato.
- Respeitar horários e frequência: excesso de mensagens é um dos principais motivos que levam usuários a bloquear números.
- Enviar conteúdo relevante e contextual: cada envio deve ter um propósito real para quem recebe.
- Usar plataformas confiáveis e homologadas: provedores oficiais ajudam a garantir conformidade técnica, filtros anti-abuso e entrega segura. Aqui, soluções como a Disparo Pro, por seguir as diretrizes de cada canal, reduzem significativamente o risco de um negócio ser marcado como spam.
Mantenha listas higienizadas e segmentadas
Manter uma base atualizada é indispensável. Isso inclui:
- Remover contatos inativos ou que não engajam há muito tempo.
- Segmentar por interesse, etapa da jornada e comportamento.
- Evitar qualquer tipo de lista comprada ou obtida sem autorização.
Outro ponto fundamental: ofereça sempre a opção de descadastramento. Isso protege o usuário e evita reclamações (um dos fatores que mais prejudicam a reputação de envio).
Como identificar se você está recebendo spam e o que fazer
Se de um lado as empresas precisam manter boas práticas, do outro os usuários também precisam saber reconhecer sinais de spam para se proteger. Alguns indícios aparecem rapidamente:
- Mensagens ou ligações insistentes.
- Conteúdos que pedem dados pessoais sem contexto.
- Links estranhos, encurtados ou suspeitos.
- Remetentes desconhecidos ou inconsistentes.
Como bloquear e denunciar
Cada canal possui seu próprio processo de proteção. Entre os mais comuns:
- WhatsApp: basta abrir o chat, tocar em “Bloquear” e, se desejar, “Denunciar”.
- SMS: operadoras permitem denunciar mensagens suspeitas reenviando o SMS para códigos específicos (como 7726, quando disponível).
- Operadoras de telefonia: muitas oferecem apps ou serviços de identificação de chamadas suspeitas.
- Aplicativos de proteção: apps como Truecaller e similares ajudam a identificar e bloquear números mal-intencionados.
Como proteger dados pessoais
Algumas práticas básicas já reduzem muito o risco:
- Não compartilhar informações sensíveis por mensagem ou ligação.
- Evitar clicar em links que pareçam estranhos.
- Conferir o remetente antes de responder.
- Desconfiar de pedidos urgentes, promoções “boas demais” ou cobranças inesperadas.
Por que combater spam melhora a jornada do cliente
Manter práticas anti-spam é um diferencial estratégico. Ao evitar excessos, mensagens irrelevantes ou invasivas, você garante:
- Uma experiência mais segura e confiável, mostrando respeito pelo tempo e pela privacidade do cliente.
- Uma comunicação mais relevante, com mensagens que fazem sentido para quem as recebe e realmente agregam valor.
- O reforço da confiança na marca, já que clientes associam bom uso dos canais com profissionalismo e credibilidade.
No fim, quem prioriza boas práticas melhora a percepção da marca e fortalece a relação com o cliente, algo essencial na jornada de compra.
Resumindo
O spam representa riscos reais tanto para empresas quanto para usuários: desde bloqueios, perda de reputação e queda de entregabilidade até exposições a golpes e perda de dados. Entender o que é spam (e como evitá-lo) é um passo essencial para quem usa canais como SMS, WhatsApp, RCS ou voz.
Com conhecimento e práticas responsáveis, é possível transformar a comunicação em algo eficaz, seguro e alinhado com o cliente. Isso gera resultados melhores e fortalece a marca no longo prazo.
Para aprofundar sua estratégia de comunicação e aprender como usar o canal corretamente, baixe nosso e-book completo sobre WhatsApp Marketing, com boas práticas e orientações alinhadas às diretrizes da Meta.